O forró, o xaxado e o baião, bem como o xote, são popularmente
conhecidos por "forró pé de serra" e costumam ser conduzidos por um
sanfoneiro, um zabumbeiro (a zabumba é um tambor grande que fica preso
ao corpo) e um percussionista para tocar o triângulo. Já a quadrilha,
embora seja sempre associada à sanfona, está mais para uma dança do que
um estilo musical.
Realizado normalmente em fila, o xaxado faz uma alusão ao som da
movimentação das sandálias usadas pelos dançarinos, arrastadas durante a
apresentação.
"Criado pelos cangaceiros quando os bandos eram compostos apenas de
homens, passou a ser uma forma de divertimento e celebração de vitórias.
Também há quem diga que servia para provocar os inimigos. Hoje não há
restrição de época do ano ou de sexo para curtir esse ritmo", destaca
Paulinho.
Na essência do baião, encontramos mais uma mistura de influências:
conga e samba, ambos de origem africana, cantos litúrgicos e outros
estilos. Pode utilizar um pandeiro e também ser usado como
acompanhamento no folguedo “bumba meu boi”.
"O xote é uma dança de salão de origem alemã, cujos passos lembram o da
polca escocesa", explica o músico. A princípio importado para a elite
brasileira, logo caiu no gosto popular pelas possibilidades rítmicas e
foi amplamente adotado de Norte a Sul do País, incorporando as
particularidades culturais de cada região.
Em uma vertente menos tradicional, temos o forró eletrônico, que
começou a fazer sucesso na década de 1990 e é resultado da combinação de
alguns instrumentos, como o teclado – em geral, o protagonista –, a
guitarra, a bateria e o contrabaixo. Essa variação, além de ampliar a
temática abordada nas canções, atraiu um público mais diversificado e
jovem.
"O forró universitário atual é uma declaração de amor dos paulistanos
ao ritmo que os inspiraram. Mais apegado ao original, adiciona um
contrabaixo, um saxofone ou um violão. Mas, antes disso, outros músicos e
compositores já mesclavam a música popular com o forró", esclarece o
músico. Esse estilo também costuma agradar um público mais amplo.
No Sul do Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul, a festa pode
apresentar outras referências: além das roupas, a música valoriza as
influências culturais específicas que a região sofreu. De forma geral, o
destaque é o fandango, herança ibero-espanhola que reúne diversas
danças, muitas delas envolvendo o sapateado.
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